Foi o pior dia da minha vida. Perdi a minha mãe, que além de mãe querida, com quem tinha uma relação muito boa, era a minha melhor amiga, em quem eu confiava a 200% e que tinha sempre uma palavra amigas nas minhas horas mais dificeis.
Foi tudo tão rapido, foi tudo tão subito e inesperado. Quando as pessoas tem doenças muito prolongadas ou tem já muita idade, acabamos por estar à espera, apesar de nunca estarmos verdadeiramente preparados para estas fatalidade.
Mas não, nada disso se passava. Em Junho tinha sido detectado um tumor nos intestinos da minha mãe. Fiquei tão revoltada! Tinha pedido o meu pai aos 19 anos, com um cancro na prostata, a minha mãe també, nem queria acreditar. Fez montes de exames e estava à espera que a chamasse para fazer quimio e radioterpia, antes de ser operada.
No dia 16 telefonou-me a dizer que não se sentia bem. Tinha falta de ar e muita tosse. Eu estava de férias e fui te com ela e levei-a ao Centro de Saude. Era Agosto, está toda a gente de férias e quase um dia inteiro de espera para lhe dizerem que devia ser uma bronquite e lhe receitarem um antibiótico.
Troxe-a para a minha casa. Mas custou-lhe muito subir as escadas. Não tinha forças para nada. Sempre na cama, dizia que se sentia mal. Se a conhecessem, era uma mulher cheia de vida, para estar assim, era porque não se sentia mesmo bem. E eu sem saber o que fazer, chorava à noite à porta do quarto onde ela dormia e onde ia só para a ouvir respirar e saber que estava viva.
Dia 18 melhorou. Fiquei tão feliz. Se calhar os medicamentos estavam a fazer efeito. Ela chorou ao jantar, por não ter forças nem para levantar o prato da mesma.
No sábado de manhã sentia-se tão mal e cansada que chamei uma ambulância e levei-a ao hospital. Desmaiou na sala de espera e foi logo encaminhada para o SO. Fiquei cá fora á espera. Nunguém me dizia nada. Pelas 19h 30m fui perguntar por ela. Levei um raspaneta do senhor do atendimento, as urgências não são salas de visitas. Eu só queria saber dela. Não tinha noticias à quase 8 horas.... Finalmente chamou-me um médico. Disse que eu a podia ver. Não sabiam bem que tinha tido mas suspeitavam de algo no coração ou nos pulmões. Ia ficar essa noite em observações no SO.
Fui ve-la. Estava animada. Disse que estava a ser muito bem tratada e que agora é que ia ficar tudo bem. Sabia que ali é que iam resolver o problema dela. Eu pouco lhe falei, só a ouvia e bebia as palavras dela. Ela insistia que eu me fosse embora, tantas horas longe do meu menino e ele de certeza a precisar de mim. Sai de lá mais feliz, certa de que tudo se ia resolver... Foi a ultima vez que a vi com vida.
Na manhã seguinte telefonei, tal como me tinham dito para fazer. Não tinham ninguém no SO com o nome dela. Perguntei se tinha sido transferida para um quarto. Disseram que era melhor ir lá para falar pessoalmente. E eu feita tonta, a pensar que já estav num quarto e bem melhor.
Sem pressas, metemos-nos os 3 ao caminho e disse ao meu marido para ficar num ardim que há no hospital, com o menino.
Quando cheguei ao balcão, dei os dados dela e me perguntaram se tinha vindo acompanhada, caiu-me tudo aos pés. A noticia não ia ser boa, de certeza. Mas acreditem que mesmo assim, não pensei no pior.
Um médico chamou-me, disse-me que ela tinha tido uma paragem respiratória às 3 da manhã e não a tinha conseguido reanimar. Nem acreditei, como era possivel? Não sabiam porquê, só com autopsia. Não quis. Não ia mudar nada...
Chorei, chorei como nunca chorei na vida e ainda choro. Durante dias e dias vivi dormente, sem acreditar no que me tinha acontecido. Cada vesz que o telefone tocava, tinha sempre esperança que tudo tivesse sido um sonho mau e que fosse ela a ligar. De tal maneira que mandei desligar o telefone fixo. A minha mãe, que tanta falta me fazia e ao meu menino também, pura e simplesmente tinha deixado de existir. Que teria feito eu para merecer tal castigo?
Só à pouco tempo comecei a conseguir falar dela sem chorar. Devia ir mais vezes ao cemitério mas não consigo, é doloroso demais. Sai de lá sempre lavada em lágrimas e a perguntar porquê. A minha mãe tinha 68 anos e uma vida linda para viver, ao lado do neto que tanto desejou e tanto amava.
Minha querida mãe, sinto tanto a tua falta, era um farol na minha vida, que me guiava, que me dava todo o seu amor sem pedir nada em troca. Foi tão dificil continuar a viver sem ti... Só mesmo o meu filho me deu forças para seguir em frente.
Passaram 2 anos, desde que te vi com vida pela ultima vez mas podem passar 200 que nunca, nunca te esquecerei, nunca deixarei de pensar em ti, um unico dia da minha vida. Estás viva dentro de mim, dentro do meu peito e o meu amor por ti é infinito. Mãe, porque te foste embora? Porque me deixaste aqui sozinha, preciso tanto de ti, fazes-me tanta falta, nem que seja só para conversar um bocadinho... Adoro-te, minha mãe querida, meu anjo.
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