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O dia 12 de Maio é e será sempre uma data muito especial para mim. Hoje faz 3 anos que fiquei grávida do meu filho. Nem toda a gente sabe exactamente quando ficou grávida mas quem faz tratamentos de infertilidade sabe perfeitamente a data em que isso aconteceu (e a hora também...). E à 3 anos atrás estava eu de repouso, muito quietinha e a rezar por um milagre. Tinham sido transferidos para a minha barriguinha 3 possiveis seres humanos, mas não era a primeira vez que tal acontecia e das outras vezes não tinha resultado. Mas eu agarrei-me a essa data e de terço na mão pedi à Nossa Senhora de Fátima que me ajudasse na realização do meu milagre. Seria pedir muito, para ter um filho? Não pedia nada de mais, não pedia para fazer mal a ninguém nem para prejudicar ninguém, só pedia que do meu ventre nascesse vida.
Não sou mais nem menos religiosa que a maior parte dos portugueses. A minha mãe era uma pessoa que ia muito à igreja, veio de uma aldeia ribatejana, onde o culto da religião católica era quase obrigatório. Passou-me um pouco da sua fé e até aos meus 5 anos ia todos os domingos com a minha mãe à igreja e agarrada à saia dela, lá ia eu ajuda-la a fazer o peditório da missa dominical. Quando tinha 5 anos, o meu pai teve uma trombose, ficou paralizado do lado esquerdo e teve de deixar de trabalhar. Tinha 45 anos.... A minha mãe tinha de cuidar dele e por isso deixou de frequentar a igreja e eu era uma criança mas não me lembro nada de a igreja a ajudar seja no que fosse. Mas fiz a 1ª comunhão, o crisma e a profissão de fé. Entrei na adolescencia e incompatibilizei-me com a igreja, pois não me identificava com a sua filosofia e achava a relegião católica muito machista, apenas com homens no papel principal. Mas sempre me identifiquei um pouco com a Nossa Senhora, principalmente depois de começar a ter os meus problemas de infertilidade. Ela era mãe e por certo compreendia a minha dor de não o conseguir ser. Rezei, rezei sim e porque não? Um pouco de fé nunca fez mal a ninguém e quando a tranferência dos meus possiveis filhos foi marcada para o dia 12 de Maio acreditei que desta vez é que ia ser. Mas não fiquei agarrada a esse sentimento. Fiz a minha vida normal, fui trabalhar, fiz tudo o que tinha a fazer e tive a boa noticia de que afinal estava grávida. Um dos meu embriões tinha-se agarrado com unhas e dentes à minha barriga e lá ficou durante os 9 meses seguintes. Foi um milagre? Para mim foi, e não será a vida, seja qual ela for, começe de que forma começar, um milagre? A maneira como nos desenvolvemos dentro das nossas mãe é um milagre, disso não tenho duvida. Será que eu acreditei mais do que das outras vezes? Será que por ter tido já tantos negativos estava mais descontraida e isso ajuda? Não sei, mas que resultou, resultou sim!
Se fosse uma menina, tinha-lhe chamado Maria. Com agredecimento e também porque acho um nome bonito. Mas foi um menino e mudou a minha vida, sem duvida, mas foi uma mudança que eu à muito tempo queria e desejava na minha vida. Só assim me senti verdadeiramente realizada, verdadeiramente mulher. E o dia 12 de Maio ficou para sempre assinalado na minha vida.
Como sabem estamos a tentar ter outro filho. E o meu inimigo nº 1 atrasou-se e eu fiquei logo a pensar: "Está ai o 12 de Maio à porta, será que vai ajudar de novo?" OK, OK, era pedir demais, não acham? Além disso, desde que a minha mãe morreu, deixei de conseguir rezar, eu tento mas não consigo. Deixei de acreditar, deixei de conseguir pedir ajuda superior. É que sempre que algo de bom me acontece, depois vem sempre algo de mau. É o equilibrio do universo, eu sei, mas não dá para equilibrar para outro lado, só uma vez, para variar????
Dia 23 tenho o resultado das análises e dia 29 já marquei consulta para a minha médica de infertilidade. Talvez saida do consultório com um novo tratamento em vista. Talvez.... E eu vou partilhar tudo com vocês, apetece-me. Quando fiz os meus 1ºs tratamentos não sabia com quem falar acerca deles, a minha confidente era a minha mãe. Posso falar-lhe na mesma, mas os seus conselhos sábios e a sua mão amiga no meu ombro não vai estar lá, por isso conto com vocês para me animarem quando eu precisar, pode ser?
E para terminar, nada melhor que a cara da melhor coisa que eu fiz na vida, a razão do meu viver e o sol da minha vida. Aqui está ele com um dos seus amigos favoritos, o Ruca.
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